Ex-aluno e hoje Coordenador de Cultura e Tecnologias Educacionais, Diogo Pereira tem uma história e tanto para contar.
Como você se sente sendo um dos colaboradores mais antigos do Colégio? O que te motivou a trabalhar aqui por tanto tempo?
Minha história é interessante: fui aluno do Colégio por uma vida toda. Entrei em 1985, me formei no Ensino Médio em 1999, comecei a trabalhar em 2001! Ou seja, olhando para minha vida, eu sempre estive aqui. Me orgulho de cada pequena ou grande ação que participei para colaborar com a construção da Instituição que temos hoje, pois ela mudou muito. Desde 9 de abril de 2001 – dia quando comecei a trabalhar no Colégio – defini algumas diretrizes para o meu trabalho:
1- Se for para fazer mais ou menos, não saia de casa;
2- Esteja pronto para as oportunidades;
3- Com pensamento positivo e visão positiva das situações, filtre e tome decisões;
4- O problema existe, pense em soluções;
5- Quem trabalha, progride.
Preciso dizer que tenho um enorme amor pela escola, aqui é minha casa! É uma vida toda!
Eu me formei aqui, meus irmãos se formaram aqui, meus sobrinhos estudam aqui, minha filha vai estudar aqui… É uma relação que vai muito além de trabalho. É um laço familiar!

Como você começou no Colégio? Sempre esteve em um cargo de gerenciamento?
Comecei como maestro da Fanfarra e continuo até hoje! Faço essa gerência do tempo entre coordenador cultural e tecnologias educacionais, maestro e diretor de teatro. Quando comecei, a fanfarra estava desativada. No entanto, sempre acreditei que o trabalho de música era riquíssimo em termos pedagógicos e sociais. Por isso, juntei minha experiência tocando em outras corporações, meus estudos profissionais de música e o que estava aprendendo na faculdade de pedagogia e, mesmo com 19 anos (sim, comecei muito novo), consegui juntar 29 alunos que sonharam junto comigo.
Hoje temos mais de 100 alunos nos 2 grupos musicais, além do Projeto Musicando que engloba toda Educação Infantil e Ensino Fundamental I. De lá para cá, formei uma imensidão de alunos! Me orgulho de ouvir deles que não aprenderam só música, mas a serem pessoas melhores através da fanfarra. Uma ex-aluna resumiu a fanfarra assim: “A fanfarra é algo que amigos fazem juntos e dá certo”. Hoje somos penta campeões estaduais, vencemos mais de 100 títulos… Somos considerados a melhor fanfarra do Brasil dos últimos 15 anos! É muito orgulho! E por fim… Desde o ano passado a fanfarra virou Banda Marcial, que engloba instrumentos modernos e nos dá opções infinitas!


O que é estar na Coordenação? Quais são os desafios que você lida? Eles mudaram com o passar dos anos?
Estar na Coordenação é ter a responsabilidade de direcionar os caminhos que aquele departamento deve seguir. Quando assumi o departamento cultural tínhamos, somando com o departamento esportivo, 8 atividades extras. Hoje temos 25, com atividades direcionadas para habilidades que farão a diferença para o futuro do aluno. Temos que estar sempre atentos às necessidades que as gerações solicitam. Desta forma nos manteremos atrativos e podendo realmente somar. Somos um departamento que agrega valor a escola, portanto devemos estar sempre atualizados. Outro ponto que prezo é no trabalho do professor. Meu professor vem para o Colégio se preocupando em dar aula e cuidar do aluno. Tenho que dar a ele todo o suporte e estrutura. Exijo deles aquilo que exijo de mim!
Com o passar do tempo, quais foram as inovações necessárias para atender às novas gerações?
O perfil de aluno hoje não é o mesmo de 5 anos atrás! Essa mudança de perfil tem a ver com a tecnologia que tomou conta. E a Educação, que sempre foi um ambiente muito tradicional, teve que se transformar. Estas transformações nos fizeram encarar um novo cenário e a trazer uma mudança de paradigmas. Acabei por uma oportunidade muito legal encabeçando essa mudança! Sou Google Trainer Educator, Desenvolvedor de Projeto Maker, faço palestras sobre educação 4.0, metodologias ativas e tecnologia educacional no Brasil. Ajudei a construir uma das escolas mais inovadoras do Brasil! E meu pontapé foi entender o que os alunos gostavam e o que não gostavam na escola. Após um filtro entendi que tínhamos no Brasil uma escola do século XIX, com professores do século XX e alunos do século XXI. Existia um paradoxo de tempo bem forte! Era preciso trazer todos para o mesmo lugar! Por isso, a tecnologia e as metodologias ativas, a mudança de ambiente, a formação contínua para professores, aproximaram aluno e escola. Por isso, os professores mudaram muito. Antes, o camarada se formava na faculdade e nunca mais se colocava na posição de aprendiz. Esse tipo de profissional está em extinção! Vai sumir! Eu estive na sede da Google em Mountain View (São Francisco) e eles têm uma maquete em tamanho real de um fóssil de Tiranossauro Rex para sempre lembrar aos funcionários que até mesmo o maior carnívoro deste planeta, não evoluiu e foi extinto!

O que mais te traz orgulho em seu trabalho?
Fazer a diferença! Se faço algo e vejo que aquilo somou é porque foi atingido o objetivo.
Seja na Banda Marcial, no teatro, na coordenação de cultura ou tecnologias educacionais… Sou perfeccionista! Exijo muito de mim!

